sábado, 24 de setembro de 2011

Cláudio Ptolomeu

Na época de Ptolomeu não existia separação no estudo de Astronomia e Astrologia. Por isso que quando se busca estudos antigos sobre uma das áreas, o que se encontra é uma Astronomia permeada pela mitologia que ronda a Astrologia.
É muito importante que ao estudar a Astronomia hoje, se saiba separar uma coisa da outra. Visto que hoje a própria Astrologia é mostrada como uma pseudociência.
O mérito é de Ptolomeu de construir o primeiro mapa mundi localizado por suas coordenadas, considerando a Terra como esférica.
Escreveu diversas obras, porém grande parte se perdeu no incêndio de Alexandria. Sua única obra que se salvou, contempla a reunião de todas as conquistas “científicas” até aquela época, juntamente com alguns fatos históricos importantes, como "a rejeição de Hiparco contanto ao modelo heliocêntrico de Aristarco" e "a imutabilidade das estrelas de Aristóteles".
Ptolomeu não só explicou a Terra como no centro do Universo, mas também colocou epiciclos nos deferentes das órbitas dos outros planetas (que segundo Ptolomeu giravam ao redor da Terra, inclusive o Sol).
Marte ficou dotado com um epiciclo maior para a explicação de suas “manobras” no céu (movimento retrógrado dos planetas).




Para a Lua seu epiciclo resolvia o problema do seu tamanho aparente, que variava constantemente (libração).

O limite do Universo para Ptolomeu era a esfera das estrelas fixas. Para os antigos gregos da época de Ptolomeu todas as estrelas estavam organizadas num formato de esfera, chamada de esfera das estrelas fixas. Eram chamadas de fixas por aparentarem imóveis visivelmente, mas percebiam o movimento que caracterizava a mudança de constelação ao decorrer dos meses.
Os planetas eram considerados estrelas errantes, pois visivelmente possuíam um movimento mais rápido que as outras estrelas. E sua magnitude era aparentemente maior que a das estrelas (hoje sabemos que isso é porque os planetas estão a uma distância muito menor que as estrelas).
O modelo de Ptolomeu foi o primeiro modelo que explicava todos os movimentos do céu simultaneamente e até conseguia prever as posições dos astros. Ele conseguiu explicar (sem a ajuda divina) o movimento dos corpos celestes.

Referências:
VERDET, Jean-Pierre. Uma História da Astronomia. Tradução, Fernando Py. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 1991.
CANIATO, Rodolpho. [Re] descobrindo a Astronomia. Campinas, SP. Editora: Átomo, 2010. (coleção Ciência e Entretenimento).

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